sábado, 15 de março de 2014

Estrutura de um ritual de Stregheria (Seguidores de Arádia)

Muitos bruxos dão preferência a uma chama azul.
Inicialmente, coloquei no título deste documento, entre parênteses (Seguidores de Arádia) para determinar que me refiro aos Streghes que seguem a linhagem e a filosofia proposta por Arádia, e não para me referir a prática deste grupo, até porque, não somos e nem pretendemos ser uma tradição.
Um ritual de Stregheria, seguindo a filosofia Aradiana (acho que assim fica bem compreensível; Aradiana: que vem de Arádia), costuma ter em geral um elemento: a Chama Espiritual acessa normalmente no centro do Altar ou do Círculo, seguido de suas invocações habituais e pessoais de cada mago. Arádia nos ensinou, enquanto em vida, que a chama deveria ser acessa para simbolizar a presença dos Deuses, bem como representar a força dos Caminhos Antigos (Stregoneria*).
Com relação ao restante do trabalho, tudo é muito particular e pessoal de cada strega e de cada stregoni, não sendo possível delimitar um caminho X para se seguir. Há aqueles que evocam quadrantes, num estilo mais próximo a própria Wicca, e há outros que dispensam isso. Os que seguem mais a filosofia de Grimassi costumam usar sinos, athames e gestos na abertura de cada círculo, porém, como já esclarecemos, isso é opção de cada um.

De forma geral, as etapas de um ritual são, normalmente:

1- Limpeza física e astral do espaço onde ocorrerá: a limpeza astral pode ser feita com cantos, visualizações, defumações, ou até com a água consagrada (água + sal), como ensina Grimassi;
2- Sacralização do espaço e invocações: normalmente é feita com o traçado de um círculo mágico. Há magos que, no entanto, não a fazem em si, deixando que a sacralização ocorra ao decorrer do ritual.
3- Ritual em si;
4- Desacralização do espaço e agradecimento as forças espirituais invocadas: costuma ser feito com a abertura do círculo;
5- Limpeza física do espaço, caso necessite.

Na Stregheria, a Chama costuma ser acessa antes mesmo de se traçar o círculo, sendo suas invocações as primeiras a serem feitas. A Chama pode ser "confeccionada" com uma vasilha e uma quantidade de álcool dentro. Existem líquidos também usados para este fim, mas o álcool parece ser o material inflamável mais fácil de se obter. Convém, ao menos no início, logo que a Chama for acessa, acender uma vela com o fogo originário desta, para que caso a Chama se apague, o fogo, que é o mais importante, não se vá.

* Compreendida como sinônimo de Stregheria. Não adotamos, neste grupo, a diferença entre os termos proposta por Grimassi.

Dúvidas e sugestões, nos comentários.

Abraços,

Agnello Agapito di Arádia
Stregheria Brasil - Seguidores de Arádia

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

O que é Stregheria?

Arádia, a Mestre Maior muitos streghes.
Stregheria, Stregoneria (Bruxaria, em italiano), Stregaria, são termos para utilizados designar a prática contemporânea e ancestral de Bruxaria Italiana. Pelo fato de as tradições e clãs de Stregheria serem extremamente fechadas e herméticas, as poucas informações que nós, que não vivemos na Itália temos, vem através de livros de Grimassi e Leland, como por exemplo, "Arádia: O Evangelho das Bruxas".
Vale salientar que a Stregheria se baseia em tradições familiares, logo, é praticamente inviável determinar o que é certo ou errado dentro deste conhecimento, que, aliás, abrange todas as enormes e "diversíssimas" práticas de Bruxaria em toda a Itália.
O que em geral podemos ter como comum, ao menos que nós seguimos são:
- Culto a Deusa e ao Deus (que por alguns são chamados de Diana e Dianus, Tana e Tanus, Uni e Tagni);
- Culto aos antepassados, pelo qual designamos os nomes "Lasa" e "Lare". Lasa seriam os antepassados da Stregheria em geral (há tradições que os consideram fadas), e Lare, os nossos antepassados (em geral, envolvidos na Bruxaria Italiana);
- Contato e veneração à natureza e honraria a lua, que é vista como domínio de Diana, a Deusa máxima para nós;
Veja que não citei aí a crença e seguimento de Arádia, pois este tema é variável de strega para strega (bruxa para bruxa) e stregoni para stregoni (bruxo para bruxo), principalmente na Itália; porém, neste grupo, nós aceitamos e seguimos Arádia, em seus exemplos máximos de Liberdade, Amor e Magia.
Outro ponto para se tocar são os festivais de culto. Nós chamamos de "Treguendas" os tradicionais sabatts e "La Veglione", os esbatts.

De forma bem básica, Stregheria é isto! Dentro do caminho deste grupo, nós temos a liberdade de seguir, e muito a nossa intuição, que é de extrema importância para os seguidores de Arádia, tendo em vista que ela mesmo disse: "Deixe a sua adoração estar no caminho de seu coração", ou seja, não há imposição de rituais; apenas fundamentos para que estes ocorram.

OBS.: (1) Raven Grimassi, autor da maioria dos livros que conhecemos sobre Stregheria, diferencia "Stregheria" de "Stregoneria". Para ele, o segundo seriam práticas nem sempre ligadas a Bruxaria e ao Paganismo, mas sim a tradição regional da Itália, como por exemplo, há bruxos italianos que utilizam santos e mitologia cristã em seus trabalhos. Para Grimassi, isso seria "Stregoneria". Já "Stregheria" seria, para o autor, a prática da bruxaria ancestral italiana. Ele defende ter encontrado este termo em obras que datam por volta de 1700. Porém, tal diferença fica para nós meio insignificante na prática. (2) Muitos defendem que os Lasa sejam espíritos elementais guardiões da Stregheria, ou ainda simplesmente fadas, e que devem ser os venerados por aqueles que não possuem ancestralidade sanguínea na Arte. Além disso, dizer que eles são ancestrais da Vecchia Religione é praticamente, no sentido de compreensão, o mesmo que dizer que são eles elementais que guardam os conhecimentos e a doutrina em si.

Qualquer dúvida, sugestão, recado, crítica: nos comentários.

Agnello Agapito di Arádia
Stregheria Brasil - Seguidores de Arádia

Apresentação do blog

Este blog é uma extensão do grupo do facebook "Stregheria Brasil - Seguidores de Arádia". Aqui serão postados arquivos e documentos da página, ficando assim, ao acesso de todos os interessados.

Agnello Agapito di Arádia
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